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Caixa anuncia mudança em regras de financiamento de imóveis

Mudanças são válidas a partir de novembro e aplicam-se a futuros financiamentos 

 

Em 1º de novembro entraram em vigor algumas mudanças para os mutuários que financiarem imóveis pela Caixa Econômica Federal, sendo necessário, agora, pagar uma entrada maior e financiar um percentual mais baixo do imóvel. As restrições para a concessão de crédito para imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que financia imóveis com recursos da caderneta de poupança. 

 

A Frias Neto Consultoria de Imóveis explica todas as regras e o impacto destas mudanças caso você deseje se programar para financiar um imóvel. 

 

O valor máximo de avaliação dos imóveis pelo SBPE será limitado a R$ 1,5 milhão em todas as modalidades do sistema. Atualmente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com juros mais baixos, é restrito a imóveis de R$ 1,5 milhão, mas as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não têm teto de valor do imóvel.

 

Segundo o divulgado pela Caixa, as mudanças se aplicam apenas a financiamentos futuros e não afetarão as unidades habitacionais de empreendimentos financiados pelo banco. No caso em que o banco financia diretamente a construção, as condições serão mantidas, concentrando 70% do financiamento imobiliário brasileiro e 48,3% das contratações do SBPE

 

Em nota, o banco justificou as restrições porque a carteira de crédito habitacional do banco deve superar o orçamento aprovado para 2024. Até setembro, a Caixa concedeu R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 627 mil financiamentos de imóveis.

 

O aperto na concessão de crédito habitacional decorre do maior volume de saques na caderneta de poupança e das maiores restrições para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), aprovado no início do ano. Caso não limitasse o crédito, a Caixa teria de aumentar os juros. 

 

Segundo o Banco Central (BC), a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, com os correntistas retirando R$ 7,1 bilhões a mais do que depositaram. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas. Outro fator que contribuiu para a limitação do crédito foi o aumento da demanda pelas linhas da Caixa, em meio à elevação das taxas nos bancos privados. Ainda não está claro se as mudanças serão revertidas em 2025, quando o banco tiver novo orçamento para crédito habitacional, ou se parte das medidas se tornarão definitivas no próximo ano.

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