Nos próximos 40 anos, o número de moradores por residência na região de Campinas vai reduzir 0,65% ao ano, mas a taxa de crescimento dos domicílios será de 1,12% ao ano. É o que mostra o estudo divulgado pela Fundação Seade, sobre transição demográfica e demanda por moradias
Isso significa que até 2050, a região ganhará 75 novas residências por dia em relação ao que tinha em 2010, data do último Censo Demográfico, e atingirá 3,02 milhões unidades, enquanto a média de moradores por domicílio cairá dos 3,21 verificada há oito anos, para 2,47.
A concentração de domicílios na região de Campinas continuará a segunda do Estado, perdendo apenas para a Região Metropolitana de São Paulo. O fato de o número de domicílios aumentar mais rápido do que a população total é sinal de que a média de habitantes por domicílio está diminuindo, informa a Seade.
Esse fenômeno, de acordo com o estudo, está relacionado com vários fatores, entre eles a redução do número de crianças por família e mudanças nos padrões da nupcialidade e dos arranjos familiares e domiciliares.
A tendência de aumento dos domicílios com pessoas idosas (com 1 ou 2 moradores) é outro fator associado, que é favorecido pelo processo de envelhecimento populacional, informa o estudo.
“Os dados trazidos por esse estudo se alinham a uma nova tendência em termos de lançamentos imobiliários, que verificamos em municípios como Campinas. São apartamentos menores, com um dormitório ou no estilo stúdio, que sinalizam realmente para novas configurações familiares”, avalia Angelo Frias Neto, diretor-presidente da Frias Neto Consultoria de Imóveis e diretor estadual do Secovi (Sindicato Patronal da Habitação).
Segundo Frias Neto, esses produtos chegam ao mercado para atender um volume maior de casais sem filhos ou com filho único, ou de pessoas que estão morando sozinhas, inclusive os mais velhos, que segundo o próprio estudo Seade, continuam expandindo o topo da pirâmide etária, favorecidos por um cenário de maior longevidade.
“O estudo deixa claro que todos esses elementos demográficos interferem na geração dos novos arranjos familiares e domiciliares e, consequentemente, influenciam a demanda potencial por moradias”, comenta Angelo Frias Neto.
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(com informações do Correio Popular)