Fonte: Lindenberg & Life
Piracicaba é a prova de que nem todas as cidades interioranas são tão pequenas assim. Aqui, entre um canto e outro, o que se sente é um mix de clima acolhedor e de imponência traduzidos por edifícios e indústrias. Rodeada de fazendas centenárias, as belezas naturais locais enchem qualquer olhar. E sua arquitetura revela que além de abençoada pela natureza, a região é recheada de boas histórias e “cheia de encantos”, como brada o hino da cidade.
Em suas ruas tranquilas e arborizadas, as pessoas andam sem pressa e a atmosfera familiar repleta de cordialidade é como a de uma cidadezinha. E isso a aproximadamente160 quilômetros da capital paulista. Com cerca de 380 mil habitantes, Piracicaba (lugar onde o peixe para, em tupi-guarani) tem uma economia bastante diversificada, principalmente no setor agrícola e industrial, ela é hoje uma das cidades mais produtivas do Estado de São Paulo. Bem localizada, tem como vizinhas Americana, Hortolândia e Campinas, essa última distante apenas 70 quilômetros.
O Rio Piracicaba, um dos principais atrativos, tem valor inestimável na biografia da região. Assim como outras civilizações nasceram ao longo das margens de um rio, como o Eufrates e o Nilo, o de Piracicaba é também um símbolo de vida e base econômica. Sua história começa em meados de 1766, quando o capitão-general de São Paulo, D. Luís Antônio de Souza Botelho Mourão, encarregou Antônio Corrêa Barbosa de fundar uma aldeia próxima do deságue do rio. Mas, o capitão preferiu se estabelecer em um ponto onde já estavam fixados alguns posseiros e também onde moravam os índios paiaguás, à margem direita do salto, cerca de 90 quilômetros de onde o capitão D. Luís pediu que ele instituísse a aldeia. O endereço seria ponto de apoio das embarcações que desciam o Rio Tietê e daria retaguarda ao fornecimento do forte de Iguatemi, fronteiriço ao território paraguaio.
Um ano depois, mais precisamente no dia 1° de agosto de 1767, Piracicaba foi fundada sob a invocação de Nossa Senhora dos Prazeres. E 17 anos depois ocorreu a primeira grande mudança: A cidade foi transferida para a margem esquerda do rio, logo abaixo do Salto, onde as terras favoreciam a fertilidade, expansão e consequentemente atraíram muitos fazendeiros.
Mas os atributos históricos não param por aí, as bordas do rio têm ainda outro importante marco: A Casa do Povoador – um modelo valioso da arquitetura piracicabana do século 19, um casarão de pau a pique marcado pela passagem dos bandeirantes, o qual, em 1940, foi preservado pela prefeitura municipal.
Outra obra que ganha atenção é a do Engenho Central – um imponente edifício fundado em 1881 pelo barão Estevão Ribeiro de Rezende, com o objetivo de substituir o trabalho escravo pela mão de obra assalariada e pela mecanização –, reconhecida como patrimônio histórico em 1989 e transformada em um importante espaço cultural e artístico. Não muito longe do Engenho, outro atrativo: O Museu da Água, construído em 1887, rico em detalhes arquitetônicos como arcos, pisos e paredes de pedras, aquedutos centenários e antigas tubulações de ferro.
Quem acompanhou algumas mudanças na cidade foi a fazendeira Mercedes P. e C. Lunardelli. “Vi algumas transformações na região, o plantio da cana de açúcar se afastando da cidade, novos loteamentos sendo implantados, a descaracterização do Centro, a demolição de quase todos os edifícios antigos do quadrilátero entre as ruas XV de Novembro e Prudente de Moraes”, revela.
E como qualquer cidade em fase de desenvolvimento ela viu de perto alguns benefícios que a região ganhou, como a revitalização de áreas degradadas e a aposta em biotecnologia. “Temos muitas indústrias novas, inclusive a Hyundai se instalando. A criação de uma escola de música pelo sr. Mahler, as exposições de arte e ainda as modificações da Rua do Porto em área de lazer”, conta.
Nova Piracicaba
Em meio a essa etapa de crescimento, a Adolpho Lindenberg acompanha a modernização de Piracicaba e assina um empreendimento com novo jeito de morar. No projeto residencial, em fase de desenvolvimento, três torres de alto padrão e estilo neoclássico, marca registrada Lindenberg, e o conceito de “casa”, que inclui terraços gourmet integrados à área social, valorização da suíte máster e do living, onde a cultura do convívio e do receber bem estará presente. Bem à maneira piracicabana, como identificaram os estudos feitos pelos desenvolvedores da incorporação.
O projeto, previsto para iniciar ainda este ano de 2011, ocupará um terreno escolhido a dedo, com mais de 7 mil metros quadrados na Avenida Armando Cesare Dedini com a Avenida Dona Francisca, no bairro Nova Piracicaba – um espaço residencial, próximo a escolas e restaurantes, a cerca de dois quilômetros do Centro. E o melhor, com vista para um dos cartões-postais da cidade: o Rio Piracicaba.
Modernos, os apartamentos terão de 200 a 360 metros quadrados, com lazer diferenciado que conta com brinquedoteca, sala fitness, SPA e sauna, privilegiando um espaço descontraído que traduz bem-estar.
Já no Centro da cidade, mais precisamente na Rua Luiz Curiacos, a novidade será o empreendimento comercial, ou melhor, um empreendimento mix que reúne, na mesma torre de arquitetura contemporânea, 144 saletas comerciais de 40 metros quadrados e 106 apartamentos residenciais de 55 metros quadrados com serviços, área de compras e uma sala de convenção. Na cobertura será instalada uma área de lazer com vista panorâmica para a cidade e o rio, é claro. Dois empreendimentos com assinatura da maior grife imobiliária do mercado, concebidos ao longo dos anos pelo fundador Adolpho Lindenberg.
Desfrute
Qualidade de vida é um dos maiores atrativos de Piracicaba (terra do ator Leonardo Vilar), é comum encontrar pessoas caminhando e aproveitando as margens do rio para descansar, relaxar e pescar. Outro programa corriqueiro entre os moradores é sentar em uma das mesas dos bares próximos ao rio e colocar a conversa em dia com os amigos.
Quem sabe bem o que é isso é a piracicabana Marianna Giannetti, a estudante de Direito adora curtir a cidade com sua família e os amigos. “Há muitos programas legais pra fazer aqui, um que gosto e recomendo é comer peixe fresco na beira do rio e experimentar as delícias da Chococlair, uma Maison de Chocolate”, revela.
Para os jovens que buscam diversão, a Mr. Dandy é a pedida certa, balada tradicional, com música eletrônica, black music e hip-hop, mas dependendo do dia da semana o playlist do DJ toca outros estilos. “Tem também outras duas opções para quem gosta de dançar: Vive la Viee a Marcenaria”, diz Marianna.
Para os apreciadores de comida caseira a Rua do Porto, com sua arquitetura colorida, conta com diversos restaurantes, cantinas e lanchonetes com cardápios pra lá de variados, mas o peixe assado no tambor, os milhos cozidos, o cuscuz e o curau estão entre os mais pedidos. Já a pamonha é um caso à parte, é famosa em todo o Interior. No menu de bebidas não pode faltar uma boa cachaça e o caldo de cana com limão ou abacaxi. É aqui que fica, também, o Parque Rua do Porto, imensa área verde à beira do rio.
Para os que preferem um programa cultural, opções de entretenimento não faltam: Teatro Municipal, cinemas, galerias de arte como a Casa do Artesão, Museu Prudente de Moraes e a Pinacoteca Municipal Miguel Arcanjo Dutra. Parques ecológicos garantem a diversão. E para aqueles que gostam de fazer boas compras o comércio é forte na área central e em seu principal shopping center.
Piracicaba abriga as mais importantes instituições de ensino superior, como a Faculdade de Odontologia da Unicamp, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo, Universidade Metodista de Piracicaba, Escola de Engenharia e Faculdade de Serviço Social. Além disso, no campo de ciências e tecnologia, a cidade se destaca pelo seu Cena (Centro de Energia Nuclear na Agricultura), da Universidade de São Paulo.
Como se não bastassem todos esses atrativos, Piracicaba tem o Mirante, um pequeno bosque de árvores nativas e vegetação típica, com alamedas que permitem caminhadas agradáveis, que retrata a história da região e, claro, uma visão privilegiada do rio, do Salto, da Rua do Porto e da cidade, que é um encanto.
Pamonha de Piracicaba
Ingredientes:
12 espigas médias de milho verde bem novo
4 colheres (sopa) de açúcar
½ lata de leite
1 lata de leite condensado
Modo de fazer
Corte a base das espigas e descasque o milho. Limpe e lave as espigas e as folhas. Rale as espigas bem rente aos sabugos.
Bata o milho ralado no liqüidificador com o leite condensado, o açúcar e o leite. Reserve. afervente rapidamente as folhas do milho em uma panela funda para amolecerem. separe as menores e desfie formando tiras estreitas. segure a folha no sentido do comprimento e faça duas dobras sobrepostas. Dobre ao meio, unindo as extremidades abertas. segure o pacote pela extremidade e encha-o com o creme de milho, deixando bastante espaço vazio na borda. Feche o pacote, amarrando com a tira reservada. Cozinhe em água fervente, até que a palha amarele e as pamonhas fiquem firmes. Retire da água e escorra. Sirva quente ou fria.
Dica para esta receita
- Para fazer os pacotes é importante que as espigas estejam intactas, totalmente revestidas pela palha.
- Se preferir, em vez de ralar as espigas, corte o milho rente ao sabugo e prossiga com a receita.
- Para um preparo mais simples, despeje a pamonha em um recipiente refratário médio e asse em banho-maria em forno médio (180ºC), preaquecido, por cerca de uma hora ou até dourar.
- Os ingredientes da pamonha variam conforme a região do País. Pode-se, por exemplo, acrescentar uma colher (chá) de canela em pó ao creme da pamonha; ou substituir o leite por leite de coco; ou, ainda, acrescentar coco fresco ralado.
Salão Internacional do Humor de Piracicaba
Foi em 1973, em plenos anos de chumbo, que um grupo de artistas locais, que costumava se reunir no Café com Bule para jogar conversa fora, decidiu que seria divertido montar uma mostra de humor agregada ao Salão de Arte Contemporânea. Foram atrás do cartunista Jaguar que topou a idéia, mas acabou não vingando. No ano seguinte, nova tentativa. O grupo, agora encorpado por novos adeptos, desembarcou no Rio para conversar com a turma do Pasquim.
Conversa vai, conversa vem e depois de muitos garrafões de pinga, conseguiram que Millôr, Ziraldo, Zélio, Jaguar, Fortuna e Ciça, os mais festejados cartunistas de então, participassem do 1º Salão de Humor de Piracicaba. A iniciativa mostrou-se um sucesso. O Salão cresceu, ganhou fama, colocou a cidade no cenário mundial do humor, guarda um acervo de mais de 300 obras que retratam as últimas quatro décadas, e chegou, em agosto, a sua 38ª edição cheio de energia, preparando-se para entrar nos quarenta anos revelando novos talentos.
Avenida Maurice allain, 454
Telefones: 19.3403.2620, 3403.2623
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