Basta andar pelas ruas da cidade para ver prédios sendo erguidos ou condomínios fechados horizontais sendo lançados. É o desenvolvimento imobiliário que vive um de seus melhores momentos em Piracicaba. A prefeitura avalia esse crescimento com bons olhos. “Nenhuma cidade pode ser estática. “A prefeitura não pode impedir o crescimento, seu papel é ordená-lo e dirigi-lo”, disse o presidente do Ipplap (Institutode Pesquisas e Planejamento de Piracicaba), o arquiteto João Chaddad.
De acordo com Chaddad, o desenvolvimento imobiliário de Piracicaba se refere basicamente ao crescimento vertical e horizontal. Ele avalia que os edifícios (verticais) têm tido uma movimentação muito grande tanto nos empreendimentos de grande porte quanto nos empreendimentos de menor poder aquisitivo, em todos os bairros da cidade.
“De maneira geral, os empreendimentos menores e mais populosos se desenvolvem com mais frequência por toda a cidade, basta ter espaço”, disse. Quanto aos loteamentos (horizontais) é na região sul de Piracicaba (onde localizam-se o bairro Água Branca, saída para Saltinho) que estão os loteamentos mais populosos. Nas regiões leste (saída para São Paulo) e oeste (sentido São Pedro), estão as grandes indústrias e os loteamentos de alto nível. “É ali que se nota o maior vetor de crescimento”.Na região norte (sentido Rio Claro), localizam-se os maiores loteamentos industriais.
Segundo Chaddad, para muitos, essa expansão é vista de maneira exagerada, mas para o Ipplap isso é desenvolvimento. “Temos um planejamento muito bom baseado em estruturas para que esses empreendimentos cresçam ordenadamente. Fica a cargo da prefeitura dar as diretrizes do crescimento”, disse. Antes do lançamento de um empreendimento, a empresa ou o empresário precisam, segundo Chaddad, consultar a prefeitura a respeito da possibilidade e justificar quando, como e porque usar. “A prefeitura está totalmente estruturada para ter um perfeito controle desse crescimento horizontal”. Trabalhamos em prol do crescimento ordenado e sustentado. Nada é aprovado sem que haja um estudo aprofundado. “Não aprovamos nada errado no presente para não sofrermos no futuro”, salientou.
Piracicaba tem um crescimento predominantemente horizontal. No crescimento vertical (edifícios), a prefeitura tem um coeficiente de aproveitamento máximo de quatro vezes a área do terreno — uma exigência do plano diretor aprovado em 2006 — os prédios não são de altura exagerada (de dez a 12 andares), podendo ir só até um certo limite. No caso dos condomínios horizontais,Chaddad explicou que todos os custos referente a água,luz, guias, sarjeta, esgoto, asfalto e etc, não importa a localização,ficam por conta do empreendedor, não da prefeitura. “A prefeitura não tem despesas nos loteamentos e não fornece o alvará de conclusão enquanto todos os melhoramentos urbanos não estiverem prontos”, disse.
Essa é uma garantia de que as obras seguirão o plano diretor, que determina como deve ser o crescimento ordenado e sustentável do município. (Fernanda Moraes).
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