Fonte: Jornal de Piracicaba
O mercado imobiliário de Piracicaba deve ter em 2011 o melhor ano dos últimos dez anos. A afirmação é do empresário Angelo Frias Neto, que considera que eventos nacionais como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos podem refletir positivamente na cidade, que registra aumento de demanda imobiliária também devido aos novos investimentos na indústria, comércio e serviços. Os resultados vão superar o biênio 2007-2008, antes da crise de setembro de 2008, sustentando um crescimento consistente num período de oito a dez anos.
Para Frias Neto, este bom momento do mercado imobiliário é um contraponto ao período em que a cidade viveu uma demanda reprimida. O empresário aponta também que um fator que impulsionou deste desenvolvimento foi a evolução da renda per capita do piracicabano e se equipara a cidades como Ribeirão Preto e Guarulhos. “Os empreendimentos colocados no mercado atendem a todas as camadas sociais. A variedade dos produtos à disposição permite que todas as classes sociais possam ter opções de escolha, o que é muito importante”, afirma. Segundo o empresário, há opções para as classes C e D em lotes para construção, casas e apartamentos.
O mesmo vale para as classes A e B, que têm opções entre loteamentos fechados, unidades verticais com espaços maiores, todos com muito investimento nas áreas de lazer. “A perspectiva do mercado é a melhor possível no sentido que se trata de uma transformação consistente e permanente. A Hyundai, seus fornecedores e demais empresas que estão chegando vieram não somente para estabelecer se aqui como também para expandir nos próximos anos. O setor responde a este movimento”, afirma Frias Neto.
As opções, contudo, não atendem à demanda, segundo o empresário, pois o crescimento da economia refletindo no crescimento da renda, a possibilidade de financiamento com o aumento do crédito, reflete em todas as classes. Além da facilidade de crédito, as condições favoráveis para novos empreendimentos contribuem para o aumento da demanda e movimentação do setor. Fator que tem definido o perfil do comprador, que são pessoas que estão melhorando sua renda ou entrando para o mercado de trabalho, além dos investidores para aplicação dos excedentes de renda.
Já na locação, o perfil do cliente é de 40% de quem está chegando à cidade, 20% procuram imóveis comerciais e os demais jovens conquistam independência financeira. A busca dos compradores locais, segundo Frias Neto, e dividida em 40% casas, 40% apartamentos e 20% terrenos, já os que vêm de fora, aumentou em 20% a 30% em relação ao ano passado e buscam na compra, imóveis na faixa de R$ 150 mil a R$ 280 mil e para locação imóveis na faixa de R$750 aR$ 1.300. “Na medida em que a cidade cresce de forma consistente, apoiada pelos planos dos órgãos municipais, a demanda torna-se também consistente e as principais dificuldades passam a ser a disponibilidade de terrenos a preços que viabilizem economicamente o empreendimento”, aponta.
Os terrenos existem, segundo Frias Neto, pois a cidade é a 19ª em extensão territorial do Estado e uma das ações do governo municipal foi ampliar o perímetro urbano dentro das premissas estabelecidas pelo Plano Diretor em regiões que são vetores de crescimento. “Além disso de25 a30% do espaço urbano estão disponíveis”, conclui. (VR)