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Eles estão chegando

Com o início das aulas das universidades, o setor imobiliário é um dos mais aquecidos

Historicamente, janeiro e fevereiro são meses de grande agitação no mercado de locação – e até mesmo de comercialização. E, um fator que movimenta ainda mais o segmento nesta época do ano é a busca de imóveis por estudantes. Em Piracicaba, são mais de 18 mil universitários que começam a “invadir” a cidade a partir de segunda-feira.

De acordo com o delegado Regional do Creci Piracicaba, José Carlos Masson, o mercado da cidade está em expansão e, apesar de não depender de momentos específicos, os estudantes movimentam o segmento de forma expressiva. “O lado positivo é que a cidade está preparada para atender toda esta demanda”, afirma.

E, como o mercado funciona de acordo com a lei da oferta e da procura, o aquecimento no primeiro bimestre deve deixar os valores mais altos. “Além do reajuste baseado no IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), que fica em torno de 8% ao ano, os valores mensais do aluguel devem estar um pouco acima se comparado ao que era cobrado em outubro ou novembro do ano passado”, explica Masson.

Proprietário da imobiliária Frias Neto e membro da vicepresidência de Locação do Secovi- SP, Angelo Frias Neto, informa que no primeiro bimestre do ano a procura por imóveis é 40% superior à média de outros meses. Segundo ele, devido aos universitários, os estoques de imóveis para locação estão normalmente zerados no início de março.

“Independente dos estudantes, temos um aquecimento no número de locação no período. Hoje, a economia de Piracicaba está mais dinâmica e pujante, por isso, a vinda dos estudantes não tem um peso tão significativo para o segmento como havia no passado”, revela. “Claro que é importante, mas o mercado não depende mais deste público para se manter nesses meses”, acrescenta.

Ainda segundo Frias Neto, dos cerca de 18 mil universitários, de três a cinco mil são de outras cidades. Diferente do que ocorria no passado, a preferência é por imóveis pequenos, com espaço para no máximo quatro pessoas.

“Antes, as residências amplas eram as preferidos entre os estudantes, que queriam morar em repúblicas. Atualmente, elas são procuradas, na maior parte das vezes, por alunos da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz)”, conta o proprietário da imobiliária.

A maior porcentagem dos estudantes opta por morar sozinhos ou em imóveis para no máximo quatro pessoas. Frias Neto atribuiu a mudança de comportamento às transformações sociais, à melhora de renda das famílias brasileiras e também à busca por qualidade de vida.

Quando optam por apartamentos pequenos, os estudantes procuram imóveis com valor do aluguel em torno de R$ 800. Já o preço para as casas chega a R$ 1 mil, revela o delegado Regional do Creci, José Carlos Masson. “É uma época de muito trabalho para a imobiliária”.

COMÉRCIO

O setor do comércio também é impactado pela chegada dos universitários. O presidente da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), Angelo Frias Neto, conta que o segmento ganha porque o público gasta dinheiro com refeição, vestuário, calçado, serviços – principalmente com academias -, além de eletroeletrônicos e móveis que equipam os imóveis locados. “O número de estudantes em Piracicaba é expressivo e são muitos os setores que se beneficiam com isto. No comércio não é diferente e ele está preparado para atender a demanda”.

Fonte: Jornal de Piracicaba

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