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Frias Neto diz que mercado já reage e que medidas projetam bom ano para o setor

Desde dezembro do ano passado, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) surpreendeu ao anunciar o corte de 0,75 ponto porcentual da taxa Selic, e o governo lançou medidas de apoio ao crédito, o mercado imobiliário começou a reagir positivamente. A Frias Neto Consultoria de Imóveis já sentiu essa diferença e, em janeiro deste ano, registrou um aumento de 38% nas vendas e 10% nas locações, no comparativo com janeiro do ano passado.

Para Angelo Frias Neto, diretor-presidente da Frias Neto Consultoria de Imóveis e diretor estadual do Secovi (Sindicato Patronal da Habitação), as medidas estão sendo muito bem recebidas pelo mercado, porque ampliam o escopo de financiamento para faixas diferenciadas, que estavam em busca de opções para financiar a casa própria.

Os indicativos de apoio ao setor ganharam força com os anúncios realizados em fevereiro pelo Governo Federal. No dia 7, a confirmação de que famílias com renda de até R$ 9.000 poderiam aderir ao programa Minha Casa, Minha Vida e comprar a casa própria com juros mais baixos que os de mercado. Menos de 10 dias depois, o aumento do valor máximo dos imóveis novos que podem ser financiados com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), para R$ 1,5 milhão.

Além disso, Frias Neto destaca que as medidas se complementam por outras boas notícias: a liberação do saque das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviços), o anúncio da quarta redução consecutiva a taxa Selic, em 22 de fevereiro, agora em 12,25% ao ano, e a melhoria, em janeiro, do ICC (Índice de Confiança do Consumidor), medido pela Fundação Getúlio Vargas, que subiu 6,2 pontos, compensando a maior parte das perdas acumuladas nos dois meses anteriores e retornando ao patamar próximo ao de setembro de 2016.

“As notícias não poderiam ser melhores. Segundo economistas, a alta da confiança do consumidor no mês de janeiro está relacionada às expectativas de melhora do ambiente econômico, com a queda na inflação e a aceleração do movimento de redução das taxas de juros prevista no curto prazo. Isso impacta diretamente sobre o setor imobiliário, tido como segmento de primeira necessidade, um dos termômetros da economia”, comenta.

OTIMISMO – Frias Neto lembra que o item que teve maior peso na avaliação do ICC de janeiro, foi aquele o relacionado ao grau de otimismo em relação à situação econômica nos seis meses seguintes. Isso mostra que consumidores confiantes, com possibilidades positivas em relação ao emprego e, consequentemente, à condição financeira, devem comprar mais, o que ajuda no aquecimento da atividade econômica.

“Com esse resultado, mesmo bens maiores, como automóveis e imóveis, que estavam sendo alvo de maior cautela por parte do consumidor, já sinalizam excelente performance de vendas”, diz.

A faixa de renda familiar mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 foi a que mais contribuiu com a melhoria desse índice, chegando ao maior nível desde janeiro de 2015. E será bastante beneficiada pelo aumento de teto do Minha Casa, Minha Vida. As famílias com renda de até R$ 9.000 poderão aderir ao programa e comprar a casa própria com juros mais baixos que os de mercado.

“Essa nova faixa do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, vai trazer para dentro do programa famílias que foram prejudicadas com a queda de arrecadação da caderneta de poupança nos dois últimos anos, e que ficaram desassistidas por linhas de crédito para a compra de moradia”, avalia.

No caso da segunda medida, de aumento para até R$ 1,5 milhão para imóveis novos comprados com recursos do FGTS, Frias Neto lembra projeções feitas pela Seplan (Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos), do Ministério do Planejamento, de um impacto de R$ 4,9 bilhões na economia neste ano.

De acordo com o próprio governo, essa medida poderá resultar em um acréscimo anual de saque de contas vinculadas do FGTS na ordem de R$ 490 milhões, o que possibilitará a comercialização de 4 mil unidades, gerando um impacto positivo na economia de R$ 4,9 bilhões, com aumento estimado de 0,07 ponto percentual no PIB.

Segundo Angelo Frias Neto, o endividamento de pessoas físicas estancou em 2016 e elas estão equilibrando seus orçamentos individuais. À medida que os juros continuarem caindo, e com as linhas de crédito, teremos p ambiente ideal para a retomada das compras e investimentos no mercado imobiliário.

“Portanto, esse é o momento ideal parra adquirir um imóvel, com as condições garantidas pelas boas ofertas disponíveis, antes do já sinalizado aumento da demanda”, observa Frias Neto.

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