Para investidores que acompanham o mercado imobiliário brasileiro, o momento pode ser a melhor janela de oportunidade de compras em uma década.
A alta do dólar, somada aos primeiros sinais de recuperação da economia e ao amadurecimento do mercado devem ser os principais responsáveis pela retomada do crescimento do setor imobiliário brasileiro. É o que aponta o Global Market Outlook 2016, estudo realizado pela empresas Ernst & Young sobre tendências de investimento no segmento imobiliário.
De acordo com a pesquisa, o cenário de rara confluência de fatores deve aumentar a atratividade do mercado brasileiro para o capital estrangeiro, o que deve impulsionar sua recuperação ao longo dos próximos 12 a 24 meses. Com mais investimentos, o mercado deve viver um momento melhor, o que repercute reflexos de forma geral.
“Os preços caíram e estão extremamente atrativos. Para os investidores estrangeiros que acompanham o mercado imobiliário brasileiro, esse momento pode ser a melhor janela de oportunidade de compras em uma década. Apesar disso, muitos ainda esperam uma maior clareza nos cenários político e econômico antes de colocarem suas fichas em propriedades brasileiras”, afirmou Viktor Andrade, sócio líder de transações do mercado imobiliário da Ernst & Young para o Brasil e América do Sul.
Embora a desaceleração econômica e o alto índice de construção na última década possam ser considerados fatores de risco para os investidores, há boas razões para apostar na recuperação do setor no médio prazo. A desvalorização do real, que tende a ter um efeito significativo sobre a capacidade exportadora do Brasil, e as projeções do Banco Mundial para o crescimento de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2017, uma melhoria significativa frente à projeção negativa para 2015, são alguns dos pontos que devem tornar o segmento atrativo.
Para Andrade, nos últimos 10 anos, o mercado amadureceu, mesmo que ainda esteja sentindo as dores desse rápido crescimento, e está mais experiente e preparado. “O desenvolvimento de nichos, que não existiam antes do boom da construção, tais como armazéns, hotéis, armazenamento e saúde, é um exemplo dessa evolução e ajuda a reduzir alguns dos riscos enfrentados pelos investidores”, disse o executivo
Fonte: Nani Camargo – Jornal de Piracicaba