Buscar um lugar confortável , agradável e com uma boa visão é desejo de muitos. Por isso, as moradias próximas a áreas verdes tendem a ser mais valorizadas, justamente por oferecer maior qualidade de vida. Para se ter uma ideia, em certas áreas da cidade, o metro quadrado pode chegar a valer R$2.000.
Segundo Angelo Frias Neto, diretor regional do Secovi (Sindicato da Habitação), o grande ganho de morar perto das áreas verdes é o bem estar. “A maioria busca tranquilidade, um lugar agradável para morar. Uma boa visão, ter a natureza por perto são aspectos que atraem. Por isso, essas regiões tendem a ser mais valorizadas”, disse.
Entretanto, é preciso ter cautela no momento de escolher o local. Frias Neto comentou que as áreas verdes podem se tornar vilãs se forem espaços com pouca ou nenhuma iluminação, mal frequentados ou isolados. “Nesses casos, é mais arriscado e, ao contrário das áreas verdes bem cuidadas, podem até desvalorizar o imóvel”, ressaltou o diretor.
Entre as áreas verdes da cidade, o diretor do Secovi destacou a Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) como uma das mais importantes. “Além de ser um local muito agradável pela natureza, pelo verde, possibilita aos moradores um amplo espaço para a prática de atividades físicas, além de ser um ótimo lugar para levar os filhos, fazer um piquenique”, contou. O metro quadrado nos entornos da Esalq, de acordo com ele, varia entre R$ 700 e R$ 2.000.
Outra área verde destacada por Frias Neto, foi a área de lazer da Rua do Porto. “Espaços com árvores ajudam a deixar a temperatura mais amena, a segurar a umidade também. São outros aspectos positivos de se morar próximo a esses locais, o que acabam valorizando a casa”. Ali, o metro quadrado pode variar entre R$ 700 e R$ 1.000. “De forma geral, quando pensamos em áreas verdes bem cuidadas, bem iluminadas e bastante frequentadas, a valorização é garantida.”
De acordo com Frias Neto, hoje as casas construídas não ficam em terrenos grandes e a maioria não tem quintais ou jardins. “Os moradores preferem construir uma edícula no fundo, para receber os amigos, passar um tempo”, comentou.
Mas, ainda assim, falta verde e por isso mesmo que as pessoas acabam recorrendo às áreas comuns da cidade. E isso é uma forte tendência dos condomínios fechados , cujos projetos já disponibilizam essas áreas dentro do perímetro do loteamento. “A vida é corrida hoje, então praticidade é fundamental. Diferente de uma academia, as áreas verdes possibilitam o uso para atividades físicas a qualquer momento e em qualquer horário. E em meio à natureza.”