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Vendas de imóveis novos crescem 30% em setembro

A Frias Neto Consultoria de Imóveis registrou um aumento de 30% nas vendas de imóveis novos, os chamados lançamentos, em setembro deste ano, no comparativo ao mesmo mês de 2016. No mesmo período, a venda de imóveis usados foi 37% maior. Os resultados mostram a reação do mercado imobiliário, numa resposta clara ao desempenho dos indicadores econômicos, segundo avaliação de Angelo Frias Neto, diretor-presidente da empresa e diretor estadual do Secovi (Sindicato patronal a Habitação).

Para Frias Neto, existe uma clara relação entre os resultados do mês e a evolução do quadro econômico desde que a taxa de juros começou a cair, o emprego reagir e o otimismo do consumidor melhorar. E ele destaca outro termômetro importante: a decisão dos incorporadores de liberarem novos lançamentos ainda este ano e de realizarem campanhas com atrativos, especialmente para investidores.

“Tivemos uma campanha excepcional no empreendimento Trio by Lindenberg, um mixed use que teve descontos expressivos e atraiu investidores e um público jovem, que se prepara para morar sozinho”, conta. Além disso, neste mês de outubro chega a Piracicaba o primeiro lançamento de Ellenco, empresa de Sorocaba, que concebeu um loteamento de alto padrão em uma das regiões mais cobiçadas da cidade.

Frias Neto lembra que as vendas de imóveis residenciais novos também registraram aumento na cidade de São Paulo no primeiro semestre: 7.888 unidades, representando crescimento de 9,6% em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com pesquisa do Secovi.

O diretor do Secovi diz que o mercado imobiliário de São Paulo terminará 2017 com um crescimento em torno de 10%. E que uma das alavancas das vendas deve ser o barateamento dos empréstimos para a compra de moradias, refletindo o ciclo de cortes da taxa básica de juros (Selic).

Outros dados se juntam aos indicadores, segundo Frias Neto. “O Google divulgou que as buscas para a compra de imóveis aumentaram 40% em relação ao ano passado. Pela primeira vez a pesquisa para compra é maior que para locação de imóveis. Outra boa notícia é que a expectativa de instituições financeiras com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, foi reduzida de 2,97% para 2,95%”, diz.

INDICADORES –  No mês de julho, a atividade econômica medida pelo índice IBC-BR avançou 0,41% em relação a junho, segundo divulgado pelo Banco Central. O resultado é livre dos chamados efeitos sazonais, que podem ser causados por eventos típicos de determinados períodos, como férias ou feriados.

Outros dados referentes à atividade econômica em julho e agosto apontam na mesma direção de retomada, impulsionada principalmente pelo consumo das famílias. As vendas no varejo aumentaram 0,2%, na comparação com junho.

Nos sete primeiros meses de 2017, o varejo também teve cinco altas não consecutivas, ante quatro em todo o ano passado. A alta do consumo também continua sendo o principal motor do crescimento da produção industrial, que subiu 0,8% em julho, completando quatro expansões consecutivas, o que não ocorria desde 2012.

Embora todas as categorias industriais tenham avançado, a que mais subiu foi a de bens de consumo duráveis, com alta de 2,7%. Entre os setores, o principal impulso para a indústria veio de produtos alimentícios. Setembro também foi o melhor mês do ano para a venda de veículos, com crescimento de 20%.

O fato de que os gastos das famílias continuam aumentando depois de passados os principais efeitos desse empurrão indica, segundo economistas, que outros fatores que haviam contribuído mais timidamente para o consumo ganharam fôlego, caso da queda do desemprego.

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