De pizzaiolo em um estabelecimento da Austrália a corretor de imóveis. Diferentes experiências profissionais definem a trajetória de Marcelo Nogueira Liborio, corretor e consultor de vendas da Frias Neto Consultoria de Imóveis. E foi a partir de um anúncio publicado pela mepresa no Jornal de Piracicaba que o profissional conseguiu dar os primeiros passos em sua carreira no mercado imobiliário piracicabano. Hoje, quase seis anos depois, ele garante que receber uma ligação de clientes que procuram novamente por seus serviços é uma de suas maiores satisfações – uma prova de que seu trabalho realmente fez a diferença.
Após retornar de um intercâmbio em terras australianas, Liborio atuou em três diferentes estágios enquanto cursava Administração de Empresas. No último deles, porém, o contato com colaboradores do departamento comercial foi o que lhe despertou interesse pela área e o fez iniciar um contato maior com membros da equipe, para identificar como era a rotina. “Até tentei mudar para a área de comércio exterior dentro dessa empresa, mas diante da bolha imobiliária americana em 2008, o setor acabou reduzindo. Foi a partir da crise, porém, que surgiu a oportunidade no mercado imobiliário do Brasil. Vi um anúncio da Frias Neto no JP de domingo oferecendo vagas para corretore de locação e lançamentos, no qual duas de todas as exigências eram ter carro e celular. Celular eu tinha, carro eu tive que emprestar da minha avó pra começar a trabalhar, mas enxerguei que esse ramo e essa imobiliária poderiam ser uma grande oportunidade para trabalhar na área comercial, conhecer novos lugares e pessoas, expor minhas opiniões, reduzir a timidez que sempre tive e, consequentemente, crescer como pessoa e profissional. E deu certo. Comeceu como corretor de locação e depois fui para vendas.”
Neste período, Liborio percebeu que uma tarefa impossível da profissão seria conquistar todos os clientes, tendo em vista as diferenças entre eles. Mas saber ouvir, ser honesto, otimista, leal e, principalmente colaborar e muito para seu sucesso na área. “O cliente de hoje está muito antenado e por dentro das informações do mercado. Por isso, inventar histórias pode fazer com que ele espalhe para todos os conhecidos que eles não devem fazer negócio com você. Trazer informações técnicas, como valor de metro quadrado, economia, cultura ou fatos da cidade e do imóvel, também é importante. Outro aspecto que considero relevante é não largar o cliente. Não é porque captou o imóvel e o colocou à venda, que não precisa mais conversar com ele. O cliente é o que faz a imobiliária girar, então não adianta ter o melhor sistema de informação, marketing mais agressivo, maior banco de dados e númeor de imóveis à venda, se o consumidor não receber atenção. A venda do imóvel não ocorre de um dia para o outro, assim como a confiança do cliente, que precisa ser trabalhada do começo ao fim”, disse.
Por isso, o corretor orienta as pessoas a ingressarem na profissão somente se gostarem de socializar, ouvir, lidar com os sentimentos e emoções do cliente, se tiverem paciência, se gostarem de fazer o bem, de aprender e se não tiverem preguiça de trabalhar. “Se for assim, siga em frente que vai se apaixonar pela profissão. E, caso ingresse na área e receba um ´não´de alguém, não desista, pois é nesse momento que ganhamos confiança para mostrar que somo capazes”, completou Liborio.
Mercado Promisso
O Corretor lembra, também, o quanto o mercado imobiliário é promissor para a inserção de novos profissionais e negócios – e Piracicaba pode ser considerada uma das mais importantes cidades do interior de São Paulo. “Há alguns anos, tivemos uma mobilidade muito grande de habitantes de outras cidades chegando para trabalhar aqui em empresas multinacionais, centros tecnológicos ou em decorrência de faculdades, o que faz crescer a demanda por imóveis. E isso ainda vai continuar nos próximos anos. O mercado brasileiro, em geral, teve um reajuste significativo dos preços nos últimos anos, pois por muito tempo estava estagnado, não tínhamos leis que favoreciam o crédito e a moeda era muito instável. Depois do plano real, estabilização da inflação e criação de sistemas de financiamento, é claro que a confiança do consumidor aumentou e favoreceu o crescimento da demanda. Se há demanda, há oferta, e assim os preços subiram. Ainda existe um déficit grande de moradia, sendo assim, os preços vão continuar subindo, mas num ritmo mais lento. Portanto, a hora de comprar é sempre agora”.