Com uma movimentação de riqueza no valor aproximado de R$ 31 milhões por dia, segundo o Produto Interno Bruto (PIB) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia piracicabana fica ainda mais aquecida com a volta às aulas das faculdades e universidades. Ao todo, são quase 14 mil estudantes de graduação – também segundo o IBGE -, muitos de outras cidades. Estes movimentam os setores de comércio, serviços e imobiliário. Em média, cada um desembolsa cerca de R$ 850 por mês.
Segundo o empresário do ramo imobiliário e presidente da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), Angelo Frias Neto, nos dois primeiros meses do ano, historicamente, as imobiliárias registram crescimento de 30% quando comparado a outras épocas do ano. “Por dois motivos: primeiro, porque muitos estudantes de outras cidades vêm para as universidades locais. Segundo, porque muitas famílias aproveitam o período de férias para realizar a mudança”, conta.
Apesar de tradicionais e conhecidas nacionalmente, as repúblicas têm perdido espaço entre os universitários, nos últimos anos, de acordo com Frias Neto. “Hoje, os estudantes preferem apartamentos de um ou dois dormitórios para morarem sozinhos ou dividir com, no máximo, quatro pessoas. Isto reflete a busca por privacidade e também o aumento do poder aquisitivo das famílias”.
Os valores do aluguel variam de R$ 700 a R$ 1400 por mês. “O valor vai de acordo com a situação financeira de cada um e o número de estudantes que vão dividir o imóvel. Sempre no final do mês de janeiro e começo de fevereiro as unidades com este perfil começam a se esgotar, mesmo com a produção de novas opções na cidade, nos últimos anos”, diz o empresário.
As regiões mais procuradas pelos universitários são os bairros no entorno da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo), próximas à FOP/Unicamp (Faculdade de Odontologia de Piracicaba/Universidade Estadual de Campinas) e EEP (Escola de Engenharia de Piracicaba). “Já entre os estudantes da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), como o campus é afastado da cidade, eles optam por imóveis na região central ou de fácil acesso ao transporte coletivo que levará até a universidade”, diz Frias Neto.
ALUGUEL
Apesar das opções de locação terem aumentado nos últimos anos, hoje é possível optar por fiador, seguro fiança ou título de capitalização, o mais conhecido e tradicional fiador é maioria entre os universitários. “É mais fácil e o locatário não precisa dispor de nenhum dinheiro no momento da locação. O seguro, por exemplo, quem aluga precisa pagar o valor aproximado de dois aluguéis. Este valor não é reavisto no final do contrato. Já o título de capitalização, quem alugar dispõe de valor aproximado de 12 aluguéis, mas resgata o dinheiro quando o contrato termina e não há pendências”, finaliza o empresário.