Nosso Diretor Presidente, Angelo Frias Neto, é destaque na edição de hoje (16/03) da Gazeta de Piracicaba com entrevista no caderno sobre Mercado Imobiliário.
Priscilla Perez
Da Gazeta de Piracicaba
Com projeções otimistas para 2019, o mercado imobiliário se organiza para colher os frutos de um crescimento progressivo. Dentre os fatores que contribuem para essa retomada, estão perspectiva de oferta de crédito mais barata para construção e aquisição de imóveis e um cenário macroeconômico mais confiante. Confira a entrevista com Angelo Frias Neto, diretor estadual do Secovi-SP (Sindicato de Habitação de São Paulo).
1 – Analistas do mercado financeiro prevêem um crescimento de 2,8% para o PIB do Brasil em 2019. O que isso representa para o mercado imobiliário?
O crescimento econômico sempre estimula o mercado imobiliário, além da previsão positiva para o PIB de 2019, soma-se a isso a previsão também positiva para 2020 repetindo 2,8%. Notamos que desde o final do ano passado e principalmente nesse início de ano, o mercado imobiliário está mais ativo, fato comprovado pelo aumento da procura e pelo crescimento do volume de vendas significativo, superior a 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Somado a isso verificamos um aumento do índice de confiança tanto do lado dos empresários, quanto do lado da população em geral, o que aliado a um ambiente econômico positivo indica um ano bem melhor para o setor.
2 – Quais fatores contribuíram para a recuperação do mercado imobiliário?
Além do indicativo do índice de confiança, temos a taxa básica de juros da economia, Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), no nível mais baixo de nossa história, a inflação estável e em nível extremamente baixa, as taxas de juro dos financiamentos imobiliários muito baixas em comparativo histórico. Além da retomada do crescimento do setor industrial, comércio e serviços e o aumento do emprego formal, fatores que contribuem, e muito, para o crescimento do mercado imobiliário. No Brasil o déficit habitacional continua grande e crescente, apresentando nos últimos 10 anos um crescimento de 7% atingindo um nível recorde de 7,78 milhões de unidades segundo estudo da FGV/ Abrainc. Esse estudo indica também que para atender a demanda nos próximos 10 anos seria necessária a produção de 1,2 milhões de imóveis por ano. Esse déficit contribui para indicar uma demanda reprimida e que o crescimento da economia vai caminhar no sentido de ser satisfatório, contribuindo com o crescimento do mercado. A demanda do mercado imobiliário é gerada pela própria dinâmica social, impulsiona pelos eventos da vida, como: casamento, nascimento de filhos, filhos que atingem idade de sair de casa, separação, morte, melhora ou piora de condição social, etc.
3 – Como o Secovi-SP avalia o cenário local (Piracicaba)?
Piracicaba, em função da economia diversificada, dos bons indicadores econômicos e sociais, de ser sede do Aglomerado Urbano de Piracicaba, que congrega 23 cidades e as perspectivas das empresas aqui instaladas, com certeza vai participar desse crescimento do mercado imobiliário. As empresas locais planejando e muitas já ampliando o volume de produção, como a Hyundai, Caterpillar, Case CNH e outras, contribuem para a boa perspectiva. As empresas do setor imobiliário também desenvolvendo projetos e planejando novos empreendimentos para esse ano em Piracicaba. Desde o final do ano passado, os indicadores locais de vendas de imóveis demonstram esse aumento dos negócios, da ordem de 20% a mais que o mesmo período do ano passado, com tendência a persistir e até aumentar, dependendo da evolução da economia, da qual todos têm expectativa positiva. Portanto, acredito que teremos um bom ano para o setor imobiliário em nossa cidade.