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Guia Turístico da Rua do Porto: história e cultura de Piracicaba

Quem conhece Piracicaba se encanta com as belezas naturais, opções gastronômicas e culturais da cidade, especialmente as que revelam um pouco da tradição e história local. A Frias Neto Consultoria de Imóveis apresenta um Guia Turístico da Rua do Porto, região que é um dos cartões postais da cidade e que possui uma diversidade de opções para se divertir: bares, restaurantes, museus, passeios de barco e trenzinho, eventos e festas tradicionais.

Neste Guia Turístico da Rua Porto estão algumas das opções de lazer mais conhecidas e populares disponíveis na região mais visitada de Piracicaba.

A Rua do Porto está localizada na avenida Beira Rio, no Centro da cidade. O espaço conserva um calçadão, além de piers e decks, para que as pessoas possam passear às margens do Rio Piracicaba, entre as pontes do Mirante (Irmão Rebouças) e do Morato (Navegador José Luiz Guidotti).

Ao longo desse trajeto é possível percorrer: Museu da Água, Salto do Piracicaba, Véu da Noiva, Ponte Pênsil, Casa do Povoador, Largo dos Pescadores, Calçadão da Rua do Porto, Casarão do Turismo, Parque da Rua do Porto (Área de Lazer) e Casa do Artesão. A região ainda está próxima do Elevador Panorâmico e do Parque Engenho Central. Todos espaços públicos e de acesso gratuito.

 

Para conhecer

Ao longo da avenida Beira Rio há muitos espaços históricos que valem a pena ser conhecidos:

Museu da Água – Desde 2002, a antiga Casa de Força e do Conjunto da Empresa Hidráulica de Piracicaba está tombada como patrimônio histórico de Piracicaba. Mas mesmo antes disso, em 2000, o espaço já havia se tornado o Museu Da Água Francisco Salgot Castillon. O local abrigou a primeira Estação de Captação e Bombeamento de água da cidade, sendo sua construção de 1887.  Localizado próximo ao Salto do Rio Piracicaba, o museu funciona como um espaço de memória, sobre como funcionava o tratamento de água no município, bem como de conservação ambiental.

Casa do Povoador – Apesar do nome, não existe nenhuma evidência que o fundador da cidade, Antônio Corrêa Barbosa, tenha realmente morado no local. Atualmente, a Casa do Povoador é um espaço de exposições. Nele ainda está o marco do Bicentenário de Piracicaba, de 1º de agosto de 1967, além do Obelisco Júlio Chrisóstomo do Nascimento, um fabricante de barcos que era também defensor do rio. O local foi tombado em 9 de março de 1970 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

Casarão do Turismo – A Rua do Porto durante muito tempo tornou-se não apenas um espaço espaço de recebimento de mercadorias via transporte fluvial, como também uma área de olarias. O Casarão do Turismo Paulo Fioravante Sampaio é um exemplo de espaço histórico que remete a essa época, no século 19.  Atualmente, funciona como um ponto de informação e divulgação dos passeios, atrativos e eventos turísticos do município. Além de abrigar diversos tipos de exposições.

 

Para fazer

No Largo dos Pescadores (esquina com  a rua Moraes Barros) há um grande espaço para eventos. É um local onde é comum a realização de shows e a Festa do Divino Espírito Santo – muito tradicional no município e que acontece sempre em julho.

No Carnaval, o espaço também costuma receber atrações, de marchinhas ao maracatu.

Além de andar pelo calçadão, na Rua do Porto também é possível passear com o Trenzinho Turístico Maria Fumaça. O automóvel faz todo o trajeto da avenida Beira Rio e Vila Rezende, passando pela Igreja da Matriz. 

Outra opção é o Passeio de Barco, que sai próximo da região do Largo dos Pescadores. A Rua do Porto ainda tem Feiras de Artesanato, com dezenas de barracas. A maioria desses serviços são oferecidos em finais de semana e feriados por empresas e empreendedores particulares.

Para quem gosta de esportes, vale a pena conhecer o Parque da Rua do Porto. O local conta com academia ao ar livre, aparelhos de ginástica, além de uma extensa área para caminhadas e exercícios, com muitas árvores e gramado. Além disso, o parque possui brinquedos e pedalinho para as crianças, bem como um espaço destinado aos cães, chamado Pet Pira.

 

Para comer e beber

Almoços na Rua do Porto são tradicionais. Ao longo da via há dezenas de restaurantes cujo prato principal é o peixe assado no tambor. É impossível passear pela região sem sentir o aroma tentador da comida.

Juntamente com o peixe, estão entre os pratos mais tradicionais: cuscuz, saladas e parmegianas. 

O complexo gastronômico ainda conta com bares, sorveterias, açaizeiros e uma loja de cachaças da cidade.

 

História

Piracicaba nasceu e desenvolveu-se a partir das margens do rio ao qual ganhou o nome. É na região da Rua do Porto que estão algumas das fundações mais antigas da cidade, entre elas as casas que hoje foram transformadas em restaurantes, as que ainda residem moradores, além do Casarão do Turismo, Casa do Povoador, Salão de Festas do Divino Espírito Santo, Museu da Água e Casa do Artesão.

A Rua do Porto já foi chamada popularmente de Rua da Praia. Mas por ser um porto pequeno para transportes de cargas e atracamento de embarcações, a região foi renomeada a Rua do Porto. A primeira citação com o nome atual foi registrada na planta da cidade de Piracicaba, datada de 1822. Depois disso, outro documento em que aparece a descrição foi em uma transação comercial de 1863.

Durante muito tempo a Rua do Porto foi marginalizada pelas famílias mais ricas da cidade, pois era o local de boemia, cheio de olarias e de moradores ribeirinhos. Também sempre foi uma região que sofreu enchentes. Há 50 anos começaram as desapropriações realizadas pela Prefeitura. O primeiro projeto de urbanização é de 1967. Dois anos depois, o primeiro restaurante do local já estava em funcionamento, o Arapuca. Mas a popularização como ponto turístico começou na década de 1980.

 

Extra: Dica de Livro

Há dois anos (2020), o escritor e jornalista Cecílio Elias Netto lançou seu livro Rua do Porto – Pia Batismal de um Povo, onde conta essas e outras histórias sobre a localidade. Na verdade, o livro é um romance. Em um artigo para o jornal A Tribuna Piracicaba, Cecílio explicou:

 “Vivi, desde então, um sonho dourado: escrever um romance da e na Rua do Porto, nosso palco iluminado de tantos acontecimentos; nosso berço. Ou melhor, mais ainda: “Rua do Porto – pia batismal de um povo.” Da gente piracicabana, dos aqui nascidos e dos que aqui escolheram para viver. Quanta história, quantas aventuras, quanta riqueza na construção desse palco de nossa vida onde o drama aconteceu em toda plenitude: na tragédia e na comédia! E na tragicomédia do cotidiano”.

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