Em 11 meses, Piracicaba ganhou 5.584 imóveis; em uma década, foram 33.357
A partir de 2007, quando a economia brasileira atingiu a estabilidade, houve queda do índice de desemprego e o aumento das linhas de crédito com juros menores. Diante ao cenário, o mercado imobiliário saiu do período de estagnação e reaqueceu. E em Piracicaba não foi diferente. No período, 21.385 novos imóveis apareceram (15% a mais), segundo
dados do Ipplap (Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba). Apenas nos 11 meses de 2012, foram 5.584 espaços a mais, se comparado com o número do ano anterior – eram 157.649 imóveis, até novembro deste ano, o número registrado foi de 163.233.
Os imóveis residenciais somam 13.430 a mais, entre 2007 e novembro de 2012. De acordo com levantamento do Instituto, há cinco anos eram 91.016 e hoje são 104.446. O proprietário da Frias Neto Consultoria Imobiliária, Angelo Frias Neto, explica que atualmente, a distribuição demográfica da população – há concentração de pessoas economicamente ativas, entre 18 e 40 anos – influência a demanda.
“As pessoas deixam as casas dos pais, casam, vão morar juntos. Esta é uma faixa etária de idade que consome muito e entre os itens de consumo estão os imóveis”, afirma Frias Neto.
O número de espaços comerciais também cresceu no período, passou de 13.406 para 15.670, alta de 16%. O proprietário da Frias Neto Consultoria Imobiliária conta que os vetores naturais de crescimento da cidade estão nas regiões Noroeste, no bairro Santa Teresinha, e Sudeste, próximo à Unimep (Universidade de Piracicaba) e aos bairros Piracicamirim e Cecap.
“Recentemente, a área do Santa Rosa também começou a crescer e deve se fortalecer com o desenvolvimento do Parque Tecnológico na região”.
DEMANDA CRESCENTE
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 16% dos brasileiros – cerca de nove milhões de pessoas – pagam aluguel. No Estado de São Paulo, o índice é maior, chega a 22%.
Em Piracicaba, de acordo com Frias Neto, entre 18% e 20% da população não possui casa própria.
“Índices que apontam a demanda crescenta. A cidade passa por um momento de crescimento e o mercado imobiliário deve continuar aquecido nos próximos anos. Sem contar que temos o efeito econômico da Hyundai, que deve ser sentido mais para frente”, revela.
“Até 2006, o PIB (Produto Interno Bruto) da cidade crescia ao lado do PIB brasileiro. Nos últimos cinco anos, o aumento foi acima da média do País. Pudemos notar um processo de geração de renda e mais consumo em Piracicaba”, acrescenta.
CASA PRÓPRIA
A dentista Sara Gastadi deixou a casa dos pais quando ingressou na faculdade. Durante todo o curso, que teve duração de cinco anos, ela pagou aluguel. Depois de formada, mudou-se de um apartamento para uma casa e foi morar com o namorado. Por dois anos, o casal também pagou aluguel.
Há menos de 24 meses, por meio do financiamento imobiliário, os dois conquistaram a casa própria. Com prestações menores se comparada ao valor mensal que era pago de aluguel, o casal tem 30 anos para quitar a aquisição.
FONTE: Gazeta de Piracicaba