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O mercado imobiliário e os presidenciáveis

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A oportunidade de acompanhar toda a programação da Convenção Secovi São Paulo ( Sindicato Patronal da Habitação ), que chega à 11 edição este ano, garante o contato com várias realidades dentro do mercado e, por extensão, o debate sobre peculiaridades e as oportunidades, discutidas por especialistas, economistas, empresários e diretores regionais da entidade.

Costumo sempre destacar a importância desse encontro e do que ele impacta sobre a forma como devemos olhar o mercado. Mas, este ano, o evento teve um propósito adicional: o encaminhamento de propostas aos cadidatos à presidência da Repúplica, uma decisão que faz toda a diferença quando entendemos a real dimensão de importância do setor imobiliário e de toda a cadeia que ele congrega.

O documento encaminhado a todos os presidenciáveis é resultado de um trabalho minucioso, que reuniu problemas e obstáculos enfrentados pelos segmentos de atividade imobiliária, que dependem de medidas do governo federal para serem superados. A base dos questionamentos parte de três pontos práticos: o que precisa ser planejado e feito para que a indústria imobiliária continue crescendo, o que exigir dos futuros governates para garantir esse processo, que estratédias empresariais devem ser adotadas diante de um cenário tão imprevisível.

Ao apresentar o documento aos aproximadamente 200 empresários e representantes de associações que participaram da plenária final da convenção, o presidente do Secovi, Cláudio Bernardes, fez diversas críticas ao ambiente para investimentos e aos entraves enfrentados pelas companhias de construção e citou o que todos os empresários sentem na pele: insegurança jurídica, complexidade de leis trabalhistas e excesso de burocracia para o desenvolvimento de projetos.

Bernardes também reclamou da demora nas reformas política e tributária, cuja discussão se arrasta há tempos, além de mencionar o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a inflação altae o crescente déficit público. As críticas também se estenderam à política internacional do governo federal.

Com base em seu conhecimento, o documento do Secovi também apontou soluções para incentivar as áreas de loteamento, incorporação, habitação econômica, turismo e hotelaria, comercialização, locação, administração de condomínios, tecnologia.

Vale ressaltar que o setor imobiliário tem propriedade para fazer tais cobranças. Afinal de contas, nos últimos dois anos, o desempenho da indústria imobiliária foi novamente decisivo para ajudar a economia brasileira, cujos resultados conforme o último PIB (Produto Interno Bruto), foram insatisfatórios.

Hoje, e em função do quadro geral com inflação crescente, juros com viés de alto, revisão de planos diretores e as incertezas do cenário eleitoral, a responsabilidade do setor em relação ao desenvolvimento do País é ainda maior. Tanto, que toda a convenção girou em torno do tema central a ´Indústria imobiliária e os desafios de continuar crescendo`.

Nas discussões conduzidas nos diversos painéis, a reflexão acertada sobre alguns dos fatores que afetaram o mercado imobiliário no primeiro semestre 2014, um ano atípico, com excesso de feriados prolongados e um campeonato mundial de futebol. As abordagens trabalham no sentido de orientar as empresas a pensarem em manobras rápidas para ir contra o cenário desestimulador, em virar a mesa, como já começa a acontecer.

Parte de um setor esperançoso por um cenário promissor de crescimento, destaco as palavras do presidente do Secovi ao pedir respeito à classe de empresários, afinal a responsável por geração de empregos e riqueza. E sua absoluta clareza ao cobrar que o próximo governo, não importa quem seja, vai precisar colocar o país de volta nos trilhos.

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