“Ao atingir a casa de um dígito, a taxa básica de juros, a Selic, provoca importantes reflexos na economia e no mercado imobiliário”.
A avaliação é de Angelo Frias Neto, diretor estadual do Secovi (Sindicato Patronal da Habitação) e diretor presidente da Frias Neto Consultoria de Imóveis, para quem a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, de reduzir em um ponto percentual a taxa Selic – que passa de 10,25% para 9,25% ao ano – foi acertada.
Segundo Frias Neto, além de essa redução carregar um elemento adicional – desde o final de 2013 a taxa não chegava à casa de um dígito – ela reflete de forma muito expressiva no mercado, na medida em que contribui para diminuir também os juros do crédito imobiliário, o que facilita a compra de imóveis, já que as prestações ficarão mais baixas e caberão no bolso do consumidor, que encontra boas oportunidades no mercado.
“Estamos otimistas com os desdobramentos. Porque, à medida em que os juros caem, e com as linhas de crédito, ganhamos um ambiente ideal para a retomada das compras e investimentos no mercado imobiliário”, ressalta o diretor do Secovi.
Frias Neto também acredita que a medida vai refletir na confiança dos empresários e estimular investimentos, especialmente porque a previsão dos economistas das instituições financeiras é de que a taxa básica de juros continue a recuar nos próximos meses, e chegue a 8% ao ano no final de 2017, permanecendo neste patamar até 2021.
“Certamente teremos impactos sobre a confiança do consumidor, o que confirma a decisão assertiva do Copom, que deve ajudar o pais superar seus desajustes políticos e econômicos, e olhar com esperança para o futuro”, diz.