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Tributo ao casal Mahle

Confiram a carta publicada hoje (26 de março de 2013), no Jornal de Piracicaba, da gerente de marketing da Frias Neto, Celisa Amaral Frias, sobre a matéria da Empem escrita pelo jornalista Yuri Botão. 

Neste domingo, logo pela manhã, li a matéria muito bem redigida pelo jornalista Yuri Botão intitulada “Uma família chamada Empem”, que me trouxe muitas lembranças e boas. As fotos ali contempladas registraram um pouquinho do que foi esta escola de música na época dos anos dourados. Diga-se de passagem, que o maior parceiro da Escola de Música de Piracicaba (EMP) foi, desde a sua fundação, em 1953, sem dúvida alguma, o Jornal de Piracicaba, sempre divulgando as programações diversas, com a presença constante dos diretores Dr. Losso Netto, Antonieta Rosalina, José Rosário e, posteriormente, Marcelo Batuíra, nos eventos todos. Depois da incorporação da Escola à Unimep, seu nome foi alterado para Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle (Empem), por sugestão do reitor na época, Dr. Almir de Souza Maia. Comecei a frequentar a Escola de Música na década de 1960, ainda na barriga da minha mãe, que incentivou seus três filhos a se dedicarem à música. As lembranças do meu primeiro professor de flauta doce, Rafael Gobeth, das professoras de violino, Nair Romero de Matos, de piano, Adelina Pinotti (minha tia), de teoria, Diva Thomasi de Castro, e a regente do coro infantil Cidinha Mahle me vieram à lembrança de uma forma muito prazerosa. E com uma das fotos utilizadas na matéria de domingo, eu faço uma observação mais específica. É a foto que aparece uma orquestra com o casal Mahle ao centro. Ela é de 1987 e estão ali jovens que tiveram os seus sonhos inteiramente conjugados aos do casal Mahle: o amor à música. Nessa foto, encontram-se os integrantes da Orquestra de Câmara de Piracicaba: sentados – Mayumi Ando, casal Mahle, Eduardo Nagumo, André Michelleti; atrás – Celisa Amaral Frias, Carlos Ribeiro, Maria Lúcia Krugg, Luís Fernando Dutra, Nelson Rios, Ana Lúcia Moda, Glaucia Pinotti, Virgínia Valentini, Beatriz de Castro Victória, Renato Bandel e Roberto Arévolo. Foi essa orquestra que tocou inúmeras vezes aqui em Piracicaba, no Estado de São Paulo e na Argentina. Lembrei-me que as jaquetas que estávamos usando foram presente do patrocinador, a empresa Freios Vargas. Resolvemos, então, naquele ano, guardar todos os cachês recebidos das nossas apresentações da orquestra para pagar a nossa viagem à Argentina. Foi um trabalho direcionado, com muito esforço, e culminou em concertos em Buenos Aires e Mendoza, dos quais trouxemos críticas elogiosas dos principais jornais locais e as melhores lembranças. Isso tudo só foi possível graças à determinação, união que aprendemos com a Cidinha Mahle e o maestro. Esse sentimento todo era traduzido na devoção que sentíamos e sentimos até hoje por eles. Casal Mahle,voces são sem sombra de dúvida o maior mecenas das artes que já conheci.

CELISA ANNICHINO AMARAL FRIAS diretora executiva da Empem de 2004 a 2007 e integrante do Conselho junto à Unimep

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