Em tempos de “Lava-Jato”, o apelo popular pela ética e boa conduta extrapola todos os limites e chega ao ambiente corporativo. Cada dia mais pessoas querem saber com que empresa estão se relacionando e o nível de honestidade e segurança que podem encontrar. Esse momento pode ser bem traduzido por um conceito que não é novo, mas ganha espaço cada vez maior, e que resume muito bem o que a sociedade aspira em termos do resgate de seus valores: a cultura do compliance.
Comply, em inglês, significa agir em sintonia com as regras. Em termos práticos, expressa o estar absolutamente em linha com normas, controles internos e externos, além de todas as políticas e diretrizes estabelecidas para o seu negócio. É a atividade de assegurar que a empresa está cumprindo à risca as imposições dos órgãos de regulamentação, dentro de todos os padrões exigidos de seu segmento. E isso vale para as esferas trabalhista, fiscal, contábil, financeira, ambiental, jurídica e também imobiliária.
“Esse agir em sintonia com as regras vai diferenciar as escolhas do mercado, vai mostrar com clareza as empresas que optaram pela ética e transparência na sua conduta. Mostrar o que pensam e dar ao mercado a chance de escolher com quem cada um quer trabalhar”, diz Angelo Frias Neto, diretor-presidente da Frias Neto Consultoria de Imóveis e diretor estadual do Secovi São Paulo (Sindicato Patronal da Habitação).
Ele destaca que a Frias Neto Consultoria de Imóveis adotou a cultura do compliance em todos os seus procedimentos. Trabalha para disseminar essa conduta entre os atores envolvidos na rotina da empresa, como fornecedores, colaboradores, funcionários, parceiros, de maneira a estender ao seu público essa postura, e dar aos que dialogam e negociam com a empresa, a segurança de estarem se relacionando com profissionais idôneos, alinhados com a história e a visão corporativa que se desenha desde sua fundação, há 28 anos.
Essa nova forma de agir traz vários benefícios, segundo Angelo Frias Neto: ganho de credibilidade por parte de clientes, investidores e fornecedores; acesso a uma ferramenta importante para as empresas que buscam outros mercados, caso da Frias Neto, que hoje tem filial em Campinas e atende toda a RMC; aumento da eficiência e da qualidade no atendimento; melhoria nos níveis de governança corporativa e preservação da imagem e reputação.
“Hoje já sabemos que uma empresa que deseja se consolidar no mercado no longo prazo deve incorporar a cultura de compliance aos objetivos estratégicos, missão e visão, à forma de interagir interna e externamente”, avalia o empresário.
Ele entende que a implementação ou revisão de políticas de compliance em empresas de todos os ramos, inclusive o imobiliário, garante ao mercado um novo nível de segurança nos relacionamentos e negócios, inclusive reduzindo riscos de golpes e má fé, que existem em todos os ramos, mas precisam ser combatidos.
“O respeito às normas de qualidade, à legislação, o gerenciamento de controles internos, desenvolvimento de projetos de melhoria contínua, análise e prevenção de fraudes são os passos orientados pelos especialistas na construção desse modelo de empresa ética”, diz.
E o mais importante de tudo, na opinião do empresário: trabalhar no sentido de que o compliance não seja apenas mais um conceito entre tantos. “É preciso que ele seja incorporado ao comportamento de todos dentro da empresa, como uma cultura própria, marca registrada do negócio”, ressalta.