Na noite desta quarta-feira (16), o auditório da ACIPI (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba) foi palco de um importante encontro promovido pelo Secovi-SP. O evento contou com a ilustre presença do vice-governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, além de autoridades políticas e grandes nomes do setor imobiliário.
Entre os destaques estiveram Angelo Frias Neto, diretor-presidente da Frias Neto Consultoria de Imóveis, diretor da ACIPI e também diretor do Secovi-SP para Piracicaba na Regional Campinas, Frederico Marcondes César, vice-presidente do Interior do Secovi-SP, o deputado estadual Alex Madureira, o vice-prefeito de Piracicaba, Sérgio José Dias Pacheco, o ex-presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, e o consultor e palestrante Marcelo Gonçalves, sócio da Brain Inteligência Estratégica.
Durante o evento, foram abordados dois grandes eixos: os dados atualizados sobre o desempenho do mercado imobiliário local e os projetos estruturantes do governo estadual para a região e para todo o Estado de São Paulo.
Projetos estruturantes para São Paulo e a região de Piracicaba
Em sua palestra, o vice-governador Felício Ramuth compartilhou uma visão estratégica do Governo do Estado para os próximos anos, destacando iniciativas voltadas à mobilidade, infraestrutura, educação e desenvolvimento regional. Entre os principais projetos apresentados, destacam-se:
- Trem Intermetropolitano que ligará Campinas a São Paulo, com possibilidade de linhas diretas e paradas em cidades estratégicas, um projeto que promete impactar positivamente a mobilidade e a economia de toda a região.
- Túnel imerso entre Santos e Guarujá, previsto para ser concluído nos próximos quatro anos, que vai revolucionar a ligação entre as duas cidades e beneficiar o escoamento logístico do Estado.
- Investimentos no setor rodoviário, com obras que visam melhorar o tráfego em diversas rodovias estaduais, incluindo melhorias no acesso às cidades do interior.
- Avanços na área educacional, com programas de modernização das escolas estaduais.
Segundo Ramuth, esses investimentos são fundamentais para atrair novos empreendimentos, fomentar o crescimento regional e garantir mais qualidade de vida para a população.
Desempenho do Mercado Imobiliário no 1T25 em Piracicaba
O consultor Marcelo Gonçalves, da Brain Inteligência Estratégica, apresentou um panorama detalhado do mercado imobiliário de Piracicaba no primeiro trimestre de 2025. Os dados evidenciam um setor aquecido e em constante evolução.
O 1T25 não registrou novos lançamentos na cidade. Contudo, ao considerar o acumulado de 2024, foram lançados 11 empreendimentos, com um VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 596,9 milhões.
Em 2024, foram comercializadas 2.569 unidades, representando um crescimento de 12,6% em relação a 2023. O VGV total atingiu R$ 823,3 milhões — R$ 226 milhões a mais do que no ano anterior.
O segmento de residenciais verticais se destacou com alta de 25% no número de unidades vendidas e de 55% no VGV.
Em março de 2025, a oferta ativa era de 1.604 unidades, sendo 80,2% compostas por apartamentos de dois dormitórios, o que indica a forte demanda por esse tipo de tipologia. O preço médio do m² em Piracicaba é de R$ 6.870.
A cidade também apresenta um cenário positivo no setor horizontal, com 31 empreendimentos ativos e 1.560 unidades disponíveis. A composição da oferta é a seguinte:
- Terrenos em condomínio: R$ 867/m², com média de 330 m² por unidade;
- Casas em condomínio: R$ 5.727/m², com média de 60 m²;
- Loteamentos abertos: R$ 847/m², com média de 197 m².
O encontro promovido pelo Secovi-SP não apenas reforçou o protagonismo de Piracicaba no cenário regional do mercado imobiliário, como também destacou a importância de um olhar estratégico para o futuro. A combinação entre dados atualizados, a presença de grandes lideranças do setor e a apresentação de projetos estruturantes para o Estado de São Paulo fortalece o ambiente de negócios e reforça o otimismo para os próximos trimestres.
A expectativa é de que novos lançamentos e investimentos cheguem à região impulsionados por melhorias em infraestrutura e pelo crescimento contínuo da demanda imobiliária, especialmente no segmento vertical.