Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre de 2013, segundo balanço divulgado ontem (12) pela instituição. O montante apresentou uma queda de 0,9% em relação ao registrado no mesmo período de 2012. No acumulado de janeiro a setembro, o lucro líquido foi R$ 12,7 bilhões.
A carteira de crédito formada por operações com clientes pessoa física fechou o mês de setembro com saldo de R$ 130 bilhões, o que representa um crescimento de 3,4% no trimestre e de 20,4% em 12 meses. Desse total, 74,9% estão concentrados nas linhas de crédito de menor risco – crédito consignado, crédito conta salário, financiamento de veículos e crédito imobiliário. O destaque nesse segmento, segundo o banco, foi o financiamento de veículos que teve elevação de 30,7% nos últimos 12 meses.
IMÓVEIS
O crédito imobiliário teve saldo de R$ 20,1 bilhões em setembro, expansão de 86,5% em 12 meses. De acordo com o balanço, o BB financiou 194.219 unidades habitacionais nas faixas 1, 2 e 3 no Programa Minha Casa, Minha Vida, sendo 103.506 unidades para famílias com renda familiar mensal de até R$ 1.600,00.
O saldo de crédito concedido às empresas encerrou setembro com R$ 307,3 bilhões, crescimento de 24,7% em 12 meses e 2,4% em relação ao trimestre anterior. As operações de capital de giro e de investimento obtiveram crescimento de 29,3% e 29,9% em 12 meses, respectivamente.
As operações com micro e pequenas empresas (MPE) apresentaram crescimento de 18% em 12 meses. Segundo a instituição financeira, a principal evolução foi observada nas operações de investimentos, que registraram elevação de 35,9% no mesmo período.
Já o financiamento do agronegócio, no nono mês do ano chegou a R$ 130,1 bilhões, montante 32,2% superior ao registrado no mesmo período de 2012 e 2,4% maior do que foi alcançado em junho deste ano.
O índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias representou 1,97% da carteira de crédito. O BB informa que, se desconsiderada a carteira do Banco Votorantim, esse índice seria de 1,78%.
ALUGUEL
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para o reajuste dos contratos de aluguel, registrou alta de 0,30% na primeira prévia de novembro. A variação ficou bem abaixo da registrada no mesmo período de outubro, de 0,85%, conforme divulgou hoje (08) a Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o indicador acumula alta de 4,89% e no período de 12 meses, de 5,36%.
A queda na prévia de novembro foi influenciada pelo recuo nos preços dos produtos vendidos no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% da formação do IGP-M, registrou variação de 0,29%, contra 1,14% registrado no mesmo período de outubro. De acordo com a FGV, a principal contribuição para este movimento veio do subgrupo de alimentos processados, cuja taxa passou de 2,93% para 0,08%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do total do IGP-M, apresentou alta de 0,39% na primeira prévia de novembro, contra taxa de 0,25% no mesmo período de outubro. O destaque foi para o grupo alimentação, cuja taxa passou de 0,14% para 0,55%.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que contribuiu com 10% na formação do IGP-M, apresentou variação de 0,15% na primeira prévia de novembro, taxa inferior ao resultado do mês anterior, de 0,35%. A influência para o resultado veio da parcela relativa a materiais, equipamentos e serviços, com variação de 0,32%, contra a taxa de 0,73% registrada na primeira prévia de outubro. (ABr)
Gazeta de Piracicaba | 13.11.2013