A venda de imóveis novos, entre abril de 2012 e março de 2015, movimentou R$ 1,75 bilhão em Piracicaba. A informação é do conselheiro representante de Piracicaba na regional do Secovi em Campinas, Angelo Frias Neto. Conforme o Jornal de Piracicaba, já mostrou, o número de imóveis residenciais lançados neste período cresceu 11%.
Segundo Frias Neto, em média, o mercado imobiliário de Piracicaba movimentou 580 milhões por ano. A maioria dos lançamentos ocorreu no período de março de 2013 a de março de 2014. “No período de março de 2014 a março de 2015 houve uma queda de 4,9% nos lançamentos. Porém, no acúmulo de três anos, o crescimento foi de 11%”, afirmou.
Nos últimos 36 meses foram lançados 7.901 imóveis na cidade, sendo 500 casas e 7.401 apartamentos (94%).
Desse total foram comercializados 6.208 unidades, a maioria (77%) são imóveis de dois dormitórios.
Os imóveis convencionais de três dormitórios vieram na sequência, com 797 unidades (13%), seguidos pelos de um dormitório (461) – 4% tradicional e 3% econômico. Os de quatro dormitórios correspondem a menor fatia de mercado, 206 (3%) unidades vendidas.
Quando a análise é sobre o preço do bem, os produtos com valor inferior a R$ 190 mil lideram a proporção de oferta-consumo. Esta faixa de preço enquadra-se aos programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida.
O empresário Márcio Gibin, 31 anos, mudou-se há um mês para o apartamento de dois quartos num condomínio localizado no bairro Bongue. “Pagava aluguel em uma casa e um amigo de uma imobiliária falou do apartamento. As condições para pagamento e financiamento eram muito boas e resolvi comprá-lo. Usei o dinheiro guardado para a entrada. O negócio foi tão bom que na época que o valor do financiamento não pagava meu aluguel”, disse.
O publicitário Aldo Lopes Marconato, 37 anos, também adquiriu um apartamento de três quartos no bairro Parque Conceição. “Financiamos parte e, provavelmente, se não fosse dessa maneira, não compraríamos naquele momento. Nos ajudou muito”, relatou.
LOCALIZAÇÃO – O estudo do Secovi também mostrou a localização dos imóveis lançados. A concentração maior é no centro expandido e regiões Leste e Noroeste. “O lado leste da cidade tem logística: acesso para outras cidades e empresas da cidade. A região Oeste, por exemplo, não tem lançamentos”, afirmou Frias Neto.
Os imóveis de um dormitório ficam próximos à Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e no centro expandido. “O Centro é da rua Armando de Salles até a Alferes e Regente Feijó até próximo do Mercado Municipal. O centro expandido compreende trechos que vão desde o rio até a Independência e da Independência até a Esalq”, informou.
Já os imóveis de dois dormitórios, que são os mais vendidos, ficam espalhados pela cidade. Há unidades nas regiões Central, Noroeste (Santa Terezinha), Leste (Piracicamirim) e Sul (Água Branca). “Os de três dormitórios ficam no centro expandido e regiões Leste e Sul. Agora, os de quatro dormitórios possuem localizações mais privilegiadas, na área central e próximo ao rio”, disse. de acordo com Frias Neto, os lançamentos de imóveis têm crescido na região Sudoeste (Campestre).