A diversidade é o ponto forte do comércio piracicabano. A população não precisa sair da cidade para encontrar itens dos mais diversos interesses e isso faz com que a economia gire dentro do município. Diante de um cenário de crise econômica que afeta todo o país, entre janeiro e março deste ano, o comércio piracicabano mais demitiu do que admitiu funcionários, porém, a perspectiva é de melhoras para o segundo semestre de 2015.
Esta é a estimativa do presidente da ACIPI (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), Angelo Frias Neto. No setor industrial, a expectativa também é de retomada.
“No final do ano, as empresas de comércio contratam funcionários, por isso, no começo do ano acaba havendo uma dispensa maior. Aliado a isso, a situação de incerteza acabou motivando muitas empresas a fazerem demissões, até pelo resultado do final do ano, que não foi o esperado”, afirmou Frias Neto.
Segundo o presidente da Acipi, o ano teve um início complicado, já que 2014 foi diferenciado. “Foi um ano bastante conturbado em virtude do Carnaval tardio, Copa do Mundo e eleições. Depois das eleições, um grande período de incerteza, principalmente política, ainda perpetua. Medidas importantes tomadas pelo governo federal estão dando certa credibilidade. As contas públicas estavam perdidas e isso gera perda de confiança. Porém, essa retomada da confiança faz com que investidores estrangeiros e também os brasileiros voltem a investir”, afirmo. “Conversamos com comerciantes e vemos que alguns têm relatado que há alguma melhora nas vendas e verificamos também maior ânimo por parte deles. Esperamos que ainda no final deste semestre e começo do próximo, as coisas comecem a melhorar”.
Frias Neto acredita que um momento de crise também pode abrir portas. “Todo momento de crise é uma oportunidade de inovar. Estes comerciantes que falam que estão melhorando são aqueles que pensaram coisas diferentes. A Acipi procura fomentar e ajudar nisso. Desenvolvemos workshops com as empresas no sentido de incentivar mudanças e inovações”, disse. “Além disso, é nossa responsabilidade formar mão de obra assim como contribuir na qualificação dela.”
Seja no comércio ou na indústria, a saída para o empresário driblar as dificuldades pode estar na inovação. “O empresário deve tentar algo diferente. É preciso investir em conhecimento e tecnologia para tentar compensar estas dificuldades”, disse.