Os mais de 391,4 mil habitantes de Piracicaba têm potencial de consumo superior a R$ 10,391 bilhões em 2015, segundo dados da pesquisa Índice de Potencial de Consumo (IPC) Maps 2015. O estudo realizado pelo IPC Marketing Editora aponta que o valor é de 13,2% maior se comparado ao resultado de 2014, quando o índice era de R$ 9,178 bilhões. No ranking, a cidade ganhou uma posição, passou da 13ª para a 12ª em consumo no Estado de São Paulo. No Brasil, manteve a mesma posição: 50ª.
Para este ano, o consumo percapita da cidade deve gerar em torno de R$ 26.658,96 para os moradores da área urbana e R$ 20.621,99 para quem mora na zona rural. Quando comparado a 2014, período em que o consumo per capita da cidade era de R$ 23.754,02, o crescimento deve ser de 12,2%.
“Vivemos um momento em que os indicadores econômicos não são favoráveis ao consumo. O bom desempenho de Piracicaba no levantamento pode ser justificado pelo fato da economia da cidade ser diversificada. Nos últimos anos, atraímos novas empresas que geraram emprego, renda e de certa forma conseguimos diversificar nossa atividade”, explica o professor do curso de ciências econômicas da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) Ivens de Oliveira, que acrescenta: “O município tem um setor de serviços fortes e uma indústria que passa por momentos de incertezas e dificuldades em relação à produção e venda. Mas o fato de atuarmos em diversos segmentos ameniza os efeitos da crise em alguma áreas”.
Hoje, 51% dos domicílios da cidade são ocupados pela classe C, chamada de emergente são 64.672 domicílios, de acordo com a pesquisa que leva em consideração dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A classe A responde por 3,5% do total. Já a classe B é composta por 35,1% dos domicílios e as classes D e E, de baixa renda, somam 10,5%.
Quando comparado ao levantamento anterior, a classe B respondia por 47,6% do total e a classe A por 8,5%. Já os emergentes eram 38,3% e as classes D e E contavam com 5,6% do total de domicílios. “Pelo que tenho observado, os dados de 2015 são muito diferentes dos de 2014. Acredito que tenha ocorrido alguma alteração na metodologia que considera o nível de renda para cada classe social”, afirma.
Ainda segundo o docente, o crescimento do consumo em Piracicaba é justificado pelo acesso da classe C a determinados produtos e serviços, que antes não faziam parte da realidade das famílias. “Houve aumento de renda nos últimos anos. Além disso, cresceu as condições de parcelamento e o crédito. Consequentemente, as famílias passaram a consumir bens e contratar serviços que não faziam antes”.
Em parte, essa evidência resulta da escalada ascendente no comportamento migratório de consumo nos últimos anos.
“Nos últimos anos, as cidades do interior têm ganhado espaço no potencial de consumo, principalmente por conta da descentralização das atividades econômicas da capital. Os municípios recebem investimentos e novas unidades produtivas com diversificação de setores. Consequentemente, gera renda e emprego. Diante do cenário, é confirmado a interiorização do consumo”, revela Oliveira.
CENÁRIO
A expectativa com gastos com veículos próprios também é alto, em torno de R$ 529 milhões. O lazer deve ter investimento de R$ 151,8 milhões.
Vestuário e calçados devem consumir quase R$ 435,9 milhões e medicamentos R$ 331,9 milhões.
Realizada pela IPC Marketing, a pesquisa leva em consideração dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Entre 2014 e 2015, o crescimento demográfico da cidade foi de 0,79% – passou de 388.387 habitantes para 391.434.
RANKING
Os 50 maiores municípios brasileiros responderão por 40,3% em 2015. No ano passado, foram 42,6%. No topo do ranking, destacam-se os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Goiânia, Recife e Manaus, seguidos por cidades de grande concentração populacional do Estado de São Paulo (como Campinas, Baixada Santista, ABCD, São José dos Campos, Sorocaba), entre outras regiões metropolitanas do país.