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A posse de Trump e o Mercado Imobiliário

Imobi report divulga números que mostram o impacto do novo mandato do presidente estadunidense, no Brasil. 

Nesta segunda-feira, 20, Donald Trump tomou posse de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, prometendo, em seu discurso, o início de uma nova “era dourada” para o país com políticas que influenciam diretamente a relação do mesmo com o Brasil e causam impacto no mercado imobiliário. Durante a semana, o Imobi Report divulgou uma reportagem completa com as possibilidades destas decisões. A Frias Neto Consultoria de Imóveis, como agente de desenvolvimento do mercado imobiliário, traz a matéria na íntegra. 

Segundo o divulgado pelo Imobi Report e de acordo com o divulgado pelo Banco Citi, o Brasil é a segunda economia latino-americana mais vulnerável às políticas esperadas para este novo governo Trump, ficando atrás apenas do México. O estudo considerou fatores como espectro político, popularidade do governo e importância da China, principal parceira comercial do Brasil, assim como o aumento da exportação de soja para o mercado chinês, substituindo os fornecedores americanos. 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou também para os riscos em países “cujos esforços fiscais foram postergados ou insuficientes para estabilizar as dívidas”, como é o caso do Brasil, em análise divulgada pelo Valor Econômico. Além disso, a BBC também explorou os principais impactos para o país, incluindo a trajetória do dólar, proteção da Amazônia e atuação do STF (Supremo Tribunal Federal)

No primeiro dia de mandato, Trump anunciou a saída dos EUA do Acordo de Paris, tratado internacional que estabelece metas para combater as mudanças climáticas. Ele também decretou “emergência energética” no país, permitindo flexibilizações legais para explorar mais fontes de petróleo e gás, além de prometer o fim de incentivos a veículos elétricos e programas de diversidade, equidade e inclusão. Esse movimento tem sido observado entre empresas do Vale do Silício, cujos principais representantes — Amazon, Meta, Tesla, Google, Apple, OpenAI — participaram da cerimônia de posse de Trump.

Bem como o impacto na agenda ESG, o mercado imobiliário também sofre consequências. A análise da equipe econômica do portal Realtor, nos EUA, apontou “mudanças significativas” no setor imobiliário. A publicação lembra que a trajetória de Trump como empresário está ligada à incorporação imobiliária. Em seu primeiro mandato, ele pressionou por cortes de impostos, desregulamentação e políticas favoráveis aos negócios para estimular a economia. Para este segundo mandato, Trump promete reduzir as taxas de juros das hipotecas — embora isso dependa pouco dele. Se conseguir promover um forte crescimento econômico que aumente a renda média dos americanos e reduzir regulamentações para construtoras, os imóveis podem se tornar mais acessíveis. Por outro lado, políticas como deportação em massa de imigrantes e aumento de tarifas de importação podem elevar os custos de construção, neutralizando os efeitos positivos de uma economia mais aquecida.

Vale mencionar que, na última semana, foi sancionada a regulamentação da reforma tributária, que entrará em vigor em 2026. Entre os vetos feitos pelo presidente Lula, está a isenção da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) sobre os Fundos Imobiliários (FIIs). No entanto, esse tipo de investimento continua isento de Imposto de Renda. Na prática, isso significa que os FIIs passam a ser considerados “prestadores de serviço”, o que é questionado por alguns especialistas. Para o mercado imobiliário, teme-se que os encargos possam reduzir a atratividade do investimento e afetar o desenvolvimento desse mercado. Já o desconto de 70% nos tributos para locação e de 50% para vendas e incorporação foi mantido.

Segundo o Índice FipeZap, o preço do aluguel residencial no Brasil subiu 13,5% em 2024, quase o triplo do IPCA (4,83%) no mesmo período e quase o dobro do IPC-M (6,54%). Porém, o valor representa uma desaceleração em relação a 2023 (16,16%) e 2022 (16,55%). A diminuição do desemprego é apontada como fator relevante para essa valorização. Na comparação com as operações de venda, os alugueis tiveram uma expansão mais significativa, já que o preço de comercialização subiu 7,73%.

Entre as capitais com maior aumento médio do aluguel estão Salvador (33,07%), Campo Grande (26,55%) e Porto Alegre (26,33%). Em São Paulo, foi a vez de encerrar o ano com recorde de ocupação em escritórios de alto padrão, segundo a consultoria Newmark, que apontou a queda da taxa de vacância em 2.5%, ressaltando que a absorção líquida acumulada, que contabiliza a diferença entre o volume de novas locações e devoluções chegou a 23%, o maior número desde 2017. 

No artigo divulgado pela Imobi Report, o advogado e presidente da Comissão de Locação do IBRADIM, Jaques Bushatsky, abordou a possibilidade do despejo extrajudicial. Segundo o advogado, as consequências dessa morosidade são o desestímulo às locações, o acréscimo nos prêmios de seguros e o aumento do fator de risco nos preços. A nova opção poderia conferir maior velocidade e eficácia, além de menores custos, desde que mantida a segurança jurídica idêntica à alcançada judicialmente.

Já o Estado de São Paulo publicou a opinião de Daniel Santos, cofundador da CredAluga – parceira Frias Neto, comentando as perspectivas relacionadas a um cenário macroeconômico desafiador. 

Para ler a matéria completa do portal Imobi Report, clique aqui. 
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